Escreve-se muito sobre amor, talvez para alimentar dentro de si a esperança do grande e eterno amor dos contos-de-fadas, ou talvez não.
O amor é um bicho estranho, cheio de sensações e mal-estar. O amor nos come por dentro bem devagar, feito a traça; ele vai abrindo buraquinhos até não ter mais o que comer. Parece ruim fantasiar o amor com tamanha falta de romantismo, mas o que não dá mesmo é pintá-lo de cor-de-rosa o tempo todo!
Talvez o ponto mais alto para se entender o amor é convencer-se de que ele nunca sobrevive sozinho. O amor não se basta. O amor não é nada sozinho, ele é um conjunto: de desejos, de sonhos, planos, palavras, gestos e um milhão de outras coisas que o fazem existir.
Muitos já amaram em vão, certo? Por quê? É simples, todo o conjunto do amor não era compartilhado. Para o amor dar certo a música precisa ser a mesma, o ritmo pode até ser diferente, mas o que ele representa dentro de cada um precisa ter sintonia.
Não se ama uma pessoa pela qual não se tem confiança.
Não se ama alguém por quem não se tem admiração.
Não se ama alguém que não respeita o próximo.
O amor é difícil demais de acontecer!
O achar que é amor me fatiga! E ponto!Pois quando se acha, na verdade não é!