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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Mensagem aberta


Tenho pensado muito sobre o futuro.
E, mais do que tudo, tenho pensado se devo mesmo pensar.
Eu passei os últimos anos andando em círculos. Andada, andava e voltava sempre pro mesmo lugar: o mesmo namorado, a mesma decisão, a mesma resposta, as mesmas roupas e as mesmas perguntas.
Neste ano, logo no início, fiz uma promessa. Fechei os olhos e disse em silêncio que seria um ano diferente, e até agora foi mesmo. Mudei de ideia sobre várias coisas, terminei com o antigo namorado de sempre e arranjei um novo relacionamento - que, por sinal, também acabou - decidi voltar aos estudos e parei pra olhar mais pra mim. Enquanto eu mudei o mundo também mudou. Na verdade, foi minha maneira de ver as coisas que mudou e eu me vejo mais feliz.
A felicidade nasceu, brotou da escuridão e senti falta de dividir os meus sorrisos com alguém. Detalhe! Isso não está distante. Estamos no mês nove e todo esse processo vem firme desde o início do ano. Quando parei pra olhar o que tinha ao meu redor e quem estava comigo, me assustei. Sim, há muita gente que parece estar ali, mas que não está verdadeiramente. Eu observei e reformulei todos os meus contatos e redescobri um amor tão antigo que quase não acreditei no que estava vivendo.
O reencontro com alguém tão especial pra mim me fez ver o quanto pensei ter mudado e não mudei. Me vejo hoje como me via há 10 anos, com alguns ajustes muito necessários e um tanto de experiência que me fez amadurecer e me transformar em alguém melhor - eu espero-. Mas o mais bacana, no meio de tanta coisa que percebi, é que nós continuamos as mesmas pessoas uma pra outra.
Eu acredito e defendo a ideia de que todos em nossa vida estão por um bom motivo, e quero dizer, a esse meu "reencontro": você está em minha vida pra me deixar amar, no sentido mais puro da palavra. Amar sem amarras! Você está em minha vida pra me ajudar a ver quem eu sou, um pouco através dos seus olhos, um pouco através dos meus. E, acima de tudo, pra descobrir que a felicidade não depende do outro, mas quando compartilhada ela é mágica e pensando nisso, percebo que quero dividir a minha com você, se for possível, até o resto dos meus dias.Obrigada por me fazer renascer em sonhos e expectativas em um futuro bonito.

domingo, 13 de abril de 2014

O FIM

Vivi um amor por muitos anos! Um amor que passou por várias fases, desde o amor chiclete até o momento da solidão a dois, mas foi o meu maior amor. Por muitos anos esse amor me supriu e me bastou, fui feliz, muito feliz e depois que se vive a felicidade é difícil encarar a tristeza. Por muitos anos ele foi tudo o que eu tinha: meu amigo, meu companheiro, meu amor, meu amante, meu aconchego...por muitos anos ele foi só o que tinha, e como eu era feliz! Nós nos separamos e voltamos diversas vezes e era insuportável imaginar minha vida sem ele; me sentia vazia e com medo. Perdi as contas de quantas vezes nos separamos e reatamos, e também perdi a noção do tempo onde as coisas começaram a afundar.
Já ouvi muitas vezes que o amor suporta tudo, não sei se concordo ou não, mas posso dizer que eu suportei muito mais do que pensei que poderia. Suportei ausências, desrespeito, falta de compreensão e suportei a relação, no sentido mais literal, fui o suporte para que o mundo que sonhei com ele não desmoronasse em cima de nós. Eu fui feliz? Sim, muito! Ele fez parte dos meus melhores anos, os anos mais loucos e felizes, sem limites e cheios de energia. Foi meu primeiro namorado e meu grande amor.
Hoje estou aqui, escrevendo sobre o fim da nossa história e pensando em todos os grandes momentos que atravessamos. Nem eu acredito quando penso em tudo que conseguimos vencer e aí me pergunto: por que não conseguimos vencer mais uma vez?
Me pergunto isso com muita dor, com um vazio muito grande e um medo enorme do que será meu futuro sem ele ao meu lado. As respostas que encontro são muitas, mas nenhuma parece ser suficientemente forte, então eu deixo pra lá. Nenhuma delas consegue justificar e explicar o que tenho sentido. Eu não o amo mais? Eu me cansei de tentativas frustadas? Eu quero me dar a chance de viver um novo amor? São tantas dúvidas neste momento. Meu castelo já havia desmoronado há muito tempo, e eu insistia em colar pedaços para tentar mantê-lo em pé,  é ruim olhar em volta e enxergar só a ruína.
Eu não sei do futuro, só sei que me abri, estou tentando respirar o novo, e desejo ser o melhor que eu puder ser de agora em diante.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O amor, sempre o amor!

Escreve-se muito sobre amor, talvez para alimentar dentro de si a esperança do grande e eterno amor dos contos-de-fadas, ou talvez não.
O amor é um bicho estranho, cheio de sensações e mal-estar. O amor nos come por dentro bem devagar, feito a traça; ele vai abrindo buraquinhos até não ter mais o que comer. Parece ruim fantasiar o amor com tamanha falta de romantismo, mas o que não dá mesmo é pintá-lo de cor-de-rosa o tempo todo!
Talvez o ponto mais alto para se entender o amor é convencer-se de que ele nunca sobrevive sozinho. O amor não se basta. O amor não é nada sozinho, ele é um conjunto: de desejos, de sonhos, planos, palavras, gestos e um milhão de outras coisas que o fazem existir.
Muitos já amaram em vão, certo? Por quê? É simples, todo o conjunto do amor não era compartilhado. Para o amor dar certo a música precisa ser a mesma, o ritmo pode até ser diferente, mas o que ele representa dentro de cada um precisa ter sintonia.
Não se ama uma pessoa pela qual não se tem confiança.
Não se ama alguém por quem não se tem admiração.
Não se ama alguém que não respeita o próximo.
O amor é difícil demais de acontecer!
O achar que é amor me fatiga! E ponto!Pois quando se acha, na verdade não é!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A vida cor-de-rosa que o amor traz

Sabe quando uma sensação boa não vai embora e um momento passa a viver em você?
Pois bem, ganhei uma sensação que anda fazendo meu corpo inteiro flutuar. Não sei como explicar, não sei as palavras certas; mas sei que nunca senti isso antes.
Com o passar dos anos nós perdemos tantos sentimentos. É triste, eu sei. Perdemos e nos deixamos perder no trabalho, no cansaço, na desilusão..e de repente, quando os olhos vêem novas cores é como se o mundo ganhasse um novo sentido.
Sábado passado, dia 14 de setembro pude participar de um final feliz para uma linda história de amor.
Parece clichê falar em contos de fadas, ouvir sininhos, ver brilho nos olhos das pessoas....acho  que quase nem acreditava mais nisso até reviver as sensações mais lindas e mágicas em uma noite que nunca vai deixar de existir.
Uma tarde quente, o sol começava a baixar, uma linda música nos faz ficar atentos aos acontecimentos que viriam. Os padrinhos entraram e o coração nesse momento já batia bem forte e quando vi as lágrimas já tinham descido. O transe tinha então começado. No melhor momento do sol que ia caindo duas mulheres lindas entravam acompanhadas dos pais, uma delas tremia muito e a outra tinha um sorriso tão lindo e grande que quase não cabia no rosto. Neste momento eu perdi o ar. Sabe quando a gente precisa respirar bem fundo pra puxar um ar que vem com dificuldade de tanto que coração pula no peito? Meu ar faltava. Não sabia se chorava ou ria de alegria e emoção. A partir daí, cada palavra, cada gesto, cada olhar das duas me ganhou e me deixou parada, imóvel apenas sentindo uma onda de amor inacreditável. Olhava ao meu redor e todos estavam como eu, com aquele tipo de olhar que só os apaixonados têm.
Não pensei que pudesse ver o amor tomar forma, mas eu vi. Ele tinha todas as formas naquele momento. Todos nós éramos amor!O amor que vinha delas se estendia e nos penetrava.
Volto a dizer, essa noite foi a mais especial que tive esse ano. Nunca pensei que um casamento me deixaria assim. Ainda hoje, segunda-feira, quando penso e fecho os olhos refazendo os detalhes de tudo o que presenciei, me emociono, meus olhos de enchem d'água e eu me lembro de como é lindo ver duas pessoas que se amam juntas.
Estou tão feliz pela vida que me permitiu cruzar com Renata e Manuela, pra poder então viver essa magia.
Todos que estavam ali, creio eu, que por algum motivo mereciam aquele momento...momentos como aqueles não são oferecidos por aí. São puros, fortes e verdadeiramente contagiantes. Me sinto honrada por terem dividido comigo este momento.
Obrigada meninas, por me fazerem acordar de novo pra uma vida linda que eu tinha escondido em mim.
Obrigada por lágrimas de emoção que eu tinha secado em mim.
Obrigada Rê e Manú por se amarem e me deixarem amar vocês.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


De repente tive que lidar comigo mesma. Há algum tempo a vida tem me mostrado outros caminhos. Que bom que esse ano esta terminando...
Quando tudo parece estar perdido, quando nos vemos sem chão e quando nada mais parece funcionar, então é o momento de olhar bem no fundo da gente para perguntar: o que foi feito até aqui?
Este ano eu terminei namoro, comecei um novo, mudei de emprego, perdi emprego, me superei, descobri que era capaz de coisas que não sabia e cá estou eu de novo, pronta para mais uma vez começar do zero.
Não vou negar, estou acabada, chorei o dia todo, mas há coisas que simplesmente devem acontecer...e acontecem.
Me pergunto então: o que vou fazer agora? Caso ou compro uma bicicleta? Eu não sei! Vou parar, pensar, olhar as opções, ouvir meu coração e ir.
Parece que as coisas estão se ajeitando, no fundo de mim, eu eu sinto saber pra onde a vida está me levando, e é pra onde eu quero mesmo ir. Acontece que é duro! As mudanças e os caminhos são dolorosos, mas eu aguento, sei que aguento.

domingo, 2 de setembro de 2012

Ponto sem nó

 
Há semanas tenho tentando costurar minha personalidade, pego a linha e a agulha e só o que consigo são pontinhos desordenados. A pergunta é: todas as pessoas são assim?
Eita coisa mais complicada esse negócio de Ser humano!
Tenho tendências escuras, sei disso. Tendências à depressão, ao caos, à liberdade perigosa. Sou fera em pele de cordeiro. Destrutiva e sagaz.
Eu me escondo do álcool, mas ele sempre me pega.
Tento esquecer o cigarro, mas gosto de me esconder na fumaça.
Observo o mundo com olhos críticos, mas adoro cair na alucinação.
Meu mundo anda do avesso.
Eu ando do avesso.
Na verdade, eu nasci do avesso.
Essa semana ouvi dizer que não sou desse mundo - eu ri-, mas agora eu penso. Sou de um mundo onde o certo e o errado não existem e as regras são de cada um, individual.
Detesto pensar " isso eu posso fazer", " isso eu não posso fazer". Eu quero fazer o que eu quiser.
Pensa-se " essa menina não é de Deus". O que é de Deus, então? Todos somos um bando de pecadores. Eu vivo no livre arbítrio. Respondo pelos meus atos, mas vivo o que quero viver.
Já cansei de ouvir que sou louca, e aqui eu respondo: eu sou feliz! Vou da dor ao amor em 2 segundos. Curto a depressão quando ela vem. Me destesto por me auto-destuir por vezes. Choro quando ouço música. Só me sinto viva quando canto com a alma, e nem sempre tenho a alma aberta pra isso.
Eu quero acreditar que aqui não é o meu lugar. Não quero ser de onde não me sinto à vontade.
Não gosto da forma como me olham, mas eu tenho refúgios pra não me importar com isso.
Também não gosto de não poder tocar nas pessoas. Abraçar ou beijar alguém, pra mim, é apenas a minha maneira. As pessoas vêem o toque como algo sexual muitas vezes, e pra mim não é.
Que preguiça desse mundo sem por quê!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Le toi de moi

Quem é você afinal?
O que é que você insiste em esconder?
Por que me sinto tão atraída por toda essa nuvem negra de dúvidas?
Você é um buraco bem fundo, eu jogo as pedras e elas se perdem, não as vejo tocando o chão.
Você é algo singular, tão singular que me é impossível lidar. Não conheço essa sua maneira. Não conheço seu vocabulário que soa como flores de plástico por vezes.
Engraçado. Eu conheço seu cheiro de chocolate, a cor de seus olhos e também o som do seu sorrir, mas definitivamente, nada muito além disso.
Sabe o motivo de escrever  isso aqui? É a forma que encontro de falar com você, ou de entender o motivos da minha atração arrasadora por achar o fim desse buraco. É a forma de quase falar...a diferença do falar verbalizado e desse "falar" por aqui é que você não pode ouvir minha intonação, portanto ouve como você sente em relação a mim. Só conheçe bem o meu falar aquele que consegue ver além das linhas de um texto, aquele que aprendeu a me ver.
Descobri a duras penas que meu encantamento é o que por muitas vezes me distancia de mim mesma. Me perco nas cores dos outros e mal enxergo as minhas. E é estranho a meneira como tento controlar isso agora e não consigo. E existe um motivo pra isso: suas cores são tão misturadas e diferentes que elas tiram minha atenção sobre as minhas. Está tudo bem. Eu gosto de ver suas cores e criar um quadro seu que talvez não exista, eu gosto da imagem distorcida que formo de você, me dá vontade de encaixar, mas pela primeira vez me sinto inapaz. Incapaz de ajustar você. Incapaz de me ajustar em você. E sabe por quê? Porque você é mutante, e se transforma cada vez que encontro a maneira correta de montar as peças. Me parece que você tem o dom de se transformar quando escuta as palavras que soam agradáveis pra você. Como num passe de mágica, aquelas palavras parecem não mais fazer sentido.
Você é absurdamente interessante. Absurdamente atraente. Absurdamente distante da minha realidade.
Preciso te dizer. Não quero me meter na sua vida de forma negativa. Só quero continuar carregando em mim o que quero carregar de você, sem ter que me preocupar. Carregar o seu cheiro de chocolate meio amargo sem que ele mate minha vontade de comê-lo. Saiba me ver.
Assim como tudo que gosto na vida. Quero sentir ao máximo até que a vontade de sentir termine.
O meu limite está onde começa o seu.
Não me leve a mal por querer expor o que vejo assim.
Há coisas que não podem ser explicadas, e elas realmente não têm explicação. Da mesma forma que lágrimas a um desconhecido soa estranho, há interesses estranhos por pessoas estranhas e alguém que por um momento se encaixa nisso.
Eu tenho um profundo interesse em ouvir você e suas histórias malucas e aluscinantes. Tenho um profundo interesse em estar perto sem necessariamente estar. Tudo é uma questão de âgulo. Parafraseando Clarice " Sou como você me vê".
Me deixe ser, que eu te deixo ser então!
Não sei direito te  ver, só sei sentit...só sei tocar...sei perceber, mas não ver. É tudo tão confuso quando tento te ver!
Só vejo beleza, resguardo, estranheza, encanto...palavras que nem combinam né?
Eu gosto de você da forma como mexe com meus dias.
Eu gosto de você e de como parece se esquivar...mas não tanto do esquivo!
Eu gosto do seu gosto.
Eu gosto de você!