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domingo, 13 de abril de 2014

O FIM

Vivi um amor por muitos anos! Um amor que passou por várias fases, desde o amor chiclete até o momento da solidão a dois, mas foi o meu maior amor. Por muitos anos esse amor me supriu e me bastou, fui feliz, muito feliz e depois que se vive a felicidade é difícil encarar a tristeza. Por muitos anos ele foi tudo o que eu tinha: meu amigo, meu companheiro, meu amor, meu amante, meu aconchego...por muitos anos ele foi só o que tinha, e como eu era feliz! Nós nos separamos e voltamos diversas vezes e era insuportável imaginar minha vida sem ele; me sentia vazia e com medo. Perdi as contas de quantas vezes nos separamos e reatamos, e também perdi a noção do tempo onde as coisas começaram a afundar.
Já ouvi muitas vezes que o amor suporta tudo, não sei se concordo ou não, mas posso dizer que eu suportei muito mais do que pensei que poderia. Suportei ausências, desrespeito, falta de compreensão e suportei a relação, no sentido mais literal, fui o suporte para que o mundo que sonhei com ele não desmoronasse em cima de nós. Eu fui feliz? Sim, muito! Ele fez parte dos meus melhores anos, os anos mais loucos e felizes, sem limites e cheios de energia. Foi meu primeiro namorado e meu grande amor.
Hoje estou aqui, escrevendo sobre o fim da nossa história e pensando em todos os grandes momentos que atravessamos. Nem eu acredito quando penso em tudo que conseguimos vencer e aí me pergunto: por que não conseguimos vencer mais uma vez?
Me pergunto isso com muita dor, com um vazio muito grande e um medo enorme do que será meu futuro sem ele ao meu lado. As respostas que encontro são muitas, mas nenhuma parece ser suficientemente forte, então eu deixo pra lá. Nenhuma delas consegue justificar e explicar o que tenho sentido. Eu não o amo mais? Eu me cansei de tentativas frustadas? Eu quero me dar a chance de viver um novo amor? São tantas dúvidas neste momento. Meu castelo já havia desmoronado há muito tempo, e eu insistia em colar pedaços para tentar mantê-lo em pé,  é ruim olhar em volta e enxergar só a ruína.
Eu não sei do futuro, só sei que me abri, estou tentando respirar o novo, e desejo ser o melhor que eu puder ser de agora em diante.