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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Le toi de moi

Quem é você afinal?
O que é que você insiste em esconder?
Por que me sinto tão atraída por toda essa nuvem negra de dúvidas?
Você é um buraco bem fundo, eu jogo as pedras e elas se perdem, não as vejo tocando o chão.
Você é algo singular, tão singular que me é impossível lidar. Não conheço essa sua maneira. Não conheço seu vocabulário que soa como flores de plástico por vezes.
Engraçado. Eu conheço seu cheiro de chocolate, a cor de seus olhos e também o som do seu sorrir, mas definitivamente, nada muito além disso.
Sabe o motivo de escrever  isso aqui? É a forma que encontro de falar com você, ou de entender o motivos da minha atração arrasadora por achar o fim desse buraco. É a forma de quase falar...a diferença do falar verbalizado e desse "falar" por aqui é que você não pode ouvir minha intonação, portanto ouve como você sente em relação a mim. Só conheçe bem o meu falar aquele que consegue ver além das linhas de um texto, aquele que aprendeu a me ver.
Descobri a duras penas que meu encantamento é o que por muitas vezes me distancia de mim mesma. Me perco nas cores dos outros e mal enxergo as minhas. E é estranho a meneira como tento controlar isso agora e não consigo. E existe um motivo pra isso: suas cores são tão misturadas e diferentes que elas tiram minha atenção sobre as minhas. Está tudo bem. Eu gosto de ver suas cores e criar um quadro seu que talvez não exista, eu gosto da imagem distorcida que formo de você, me dá vontade de encaixar, mas pela primeira vez me sinto inapaz. Incapaz de ajustar você. Incapaz de me ajustar em você. E sabe por quê? Porque você é mutante, e se transforma cada vez que encontro a maneira correta de montar as peças. Me parece que você tem o dom de se transformar quando escuta as palavras que soam agradáveis pra você. Como num passe de mágica, aquelas palavras parecem não mais fazer sentido.
Você é absurdamente interessante. Absurdamente atraente. Absurdamente distante da minha realidade.
Preciso te dizer. Não quero me meter na sua vida de forma negativa. Só quero continuar carregando em mim o que quero carregar de você, sem ter que me preocupar. Carregar o seu cheiro de chocolate meio amargo sem que ele mate minha vontade de comê-lo. Saiba me ver.
Assim como tudo que gosto na vida. Quero sentir ao máximo até que a vontade de sentir termine.
O meu limite está onde começa o seu.
Não me leve a mal por querer expor o que vejo assim.
Há coisas que não podem ser explicadas, e elas realmente não têm explicação. Da mesma forma que lágrimas a um desconhecido soa estranho, há interesses estranhos por pessoas estranhas e alguém que por um momento se encaixa nisso.
Eu tenho um profundo interesse em ouvir você e suas histórias malucas e aluscinantes. Tenho um profundo interesse em estar perto sem necessariamente estar. Tudo é uma questão de âgulo. Parafraseando Clarice " Sou como você me vê".
Me deixe ser, que eu te deixo ser então!
Não sei direito te  ver, só sei sentit...só sei tocar...sei perceber, mas não ver. É tudo tão confuso quando tento te ver!
Só vejo beleza, resguardo, estranheza, encanto...palavras que nem combinam né?
Eu gosto de você da forma como mexe com meus dias.
Eu gosto de você e de como parece se esquivar...mas não tanto do esquivo!
Eu gosto do seu gosto.
Eu gosto de você!

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