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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


AUTOPSICOGRAFIA


O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da rodaGira,

a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama o coração.

( Fernando Pessoa)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E a felicidade..
Salve a felicidade!
Aquela sensação de sentir o vento no rosto
mesmo quando não venta!
Sentir borboletas te bagunçando toda por dentro!
E de repente aquele suspiro!
Aquele alívio sem explicações..
simplismente por se sentir completa!
E salve a felicidade!


Entregue-se ao desconhecido!
Estar de olhos vendados pode ser grande aprendizado.
Desprenda-se do que te impede o conhecimento!
A liberdade mostra caminhos fascinantes.
O novo te faz gigante!


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A CHAVE DE SARAH - Tatiana Rosnay


O livro A chave de Sarah é realmente maravilhoso e surpreente!

Ganhei esse livro do meus alunos de fracês, pois a história acontece na França, Paris em 1942 no episódio chamado Vélodrome D'hiver. O livro conta detalhes de uma família judia que é presa por soldados franceses e levada ao campo de concentração onde muitas outras famílias também estavam.

O Vél d'Hiv é um fato real, mas a história contada no livro é uma ficção, mas ainda assim nos choca e nos faz debrulhar em lágrimas em imaginar o que realmente aconteceu com tantas mulheres, homens e crianças em 5 dias de tortura, sem comida, sem água, sem banheiro, sem banho... Foram tratados feito animais, fazendo suas necessidade em buracos e passando frio. Muitas crianças adoeceram logo nos primeiros dias, e tanta outras ainda lutaram para sobreviver.

Logo no início do livro, nós nos envolvemos com tamanha ingênuidade de Sarah assim que a polícia entra em sua casa para levá-los.

Quando a polícia chega Sarah se desespera ao perceber que seriam levados e então, para proteger seu irmão mais novo, ela tem a ideia de colocá-lo dentro de um armário, onde costumavam se enconder quando brincavam. Essa atitude ingênua foi uma maneira de impedir que o pequeno menino fosse levado à um lugar que nem mesmo ela sabia onde.

Ao colocá-lo do armário, deu-lhe uma garrafa d'água e um ursinho, e falou que ele devia ficar ali, até que ela voltasse para buscá-lo " Volto logo pra buscar você. Prometo!", e então, trancou o armário e guardou a chave.

Sarah, a mãe e o pai foram levados, os dias foram passando e ela só pensava no irmão. Durante todo o livro ela pensa no garoto e se ele ainda estava vivo.

O livro nos prende e nos envolve de maneira tão profunda que é impossível não cair em lágrimas. A ingênuidade e a coragem da menina são de impressionar.

O livro é importante pois fala de um acontecimento que não era comentado no país, era como se essa desgraça toda nunca tivesse acontecido. Era vergonhoso pensar que tantas mortes foram provocadas pelo Vél d'Hiv e os franceses agiam como se nada nunca tivesse acontecido.

O livro nos informa sobre a história, nua e crua, de um passado bem escuro da cidade luz.

Há poucos sobrevivente desse evento, mas muito, muito sofrimento e dor, de milhares de pessoas, que sem entender nada, foram mortos por aqueles que deviam lhes proteger.




SOPROS


E quando quiserem me encontrar,

me procurem no vento.

Estarei sempre lá e cá.

Sempre tentando voar.

Cada vez mais alto...

Qual o limite pra quem sonha?

VOE...VOE....VOE....DESAPAREÇA!

E de longe, bem lá onde já nem se sabe,

é possível sonhar!

SONHE...é só o que faço!

Talvez a vida senhaum sonho eterno,

onde quando dormimos é que paramos de sonhar!

E se quiserem me encontrar,

me encontrem lá longe.

Longe que já nem sei onde..

Longe, que de repente..

Já nem se pode mais achar!


Raíssa Ijanc'


" Longe, lá de longe, onde toda beleza do mundo se esconde..."

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

SENSAÇÕES

Um cantinho, um violão
Num lugar, nessa imensidão.
Cheio de encanto, paz e criação!
No verde, a alma que repousa em descanso e nada mais.
A alma que vai com vento... Só sentindo, se expandindo!
A alma que volta com o tempo... Compreendendo que estás um pouco mais evolvido.
E que ao retornar se redescobre!
Em mais um derradeiro ciclo, ela sabe se proteger, logo se encobre.
E é nesse processo que ela se completa! Se escondendo ela se encontra. É morrendo pra si mesmo é que ela vive!
Resiste e persiste nos caminhos nobres do amor, vive, morre ou sobrevive.
E vive, morre e renasce. Sem ter opção! Assim é que nasce o sentido de amar e então compreendemos a capacidade de transformação que esse verbo alcança.
Amo e me transformo!
Amo e me transbordo.
Borbulho, me aqueço.
Mergulho, e te reconheço.
Esfrio e me desfaço.
Por quê? Se venero nosso laço, nosso entranhado embaraço.
O laço, a união, o comum... Desfaço-me para sentir, nascer borboletas.
O cotidiano, o que é hábito, é igual, não arde nem adoça.
É preciso estar à flor da pele, embaraçar-se sempre, o tempo todo, até o fim!
Pois então. Dê-me a mão. Esse anoitecer pede um sim.
Enfim, outro acaso de benção e inteligência, de retidão e coexistência.

Raíssa Ijanc e Caio Dagher