Um cantinho, um violão
Num lugar, nessa imensidão.
Cheio de encanto, paz e criação!
No verde, a alma que repousa em descanso e nada mais.
A alma que vai com vento... Só sentindo, se expandindo!
A alma que volta com o tempo... Compreendendo que estás um pouco mais evolvido.
E que ao retornar se redescobre!
Em mais um derradeiro ciclo, ela sabe se proteger, logo se encobre.
E é nesse processo que ela se completa! Se escondendo ela se encontra. É morrendo pra si mesmo é que ela vive!
Resiste e persiste nos caminhos nobres do amor, vive, morre ou sobrevive.
E vive, morre e renasce. Sem ter opção! Assim é que nasce o sentido de amar e então compreendemos a capacidade de transformação que esse verbo alcança.
Amo e me transformo!
Amo e me transbordo.
Borbulho, me aqueço.
Mergulho, e te reconheço.
Esfrio e me desfaço.
Por quê? Se venero nosso laço, nosso entranhado embaraço.
O laço, a união, o comum... Desfaço-me para sentir, nascer borboletas.
O cotidiano, o que é hábito, é igual, não arde nem adoça.
É preciso estar à flor da pele, embaraçar-se sempre, o tempo todo, até o fim!
Pois então. Dê-me a mão. Esse anoitecer pede um sim.
Enfim, outro acaso de benção e inteligência, de retidão e coexistência.
Raíssa Ijanc e Caio Dagher
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