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quinta-feira, 30 de junho de 2011

TANTA SAUDADE!





Há tanto tempo ensaio para escrever sobre você. Passei anos procurando forças para fuçar nas lembranças. Anos tentando administrar a dor para ser capaz de pensar em você sem que as lágrimas viessem...


Ainda não sei o motivo pelo qual escolhi fazer isso hoje. Logo hoje, logo nessa semana em que estou um turbilhão de sensações tão confusas que por vezes nem me reconheço. Sei apenas, que hoje, especialmente hoje, senti vontade, me senti preparada e cá estou.


Ainda me lembro bem daquelas tardes de domingo...Éramos felizes! Eu, você e meus irmãos, brincando na rua, soltando pipa. Lembro das crianças da rua loucas atrás de você, querendo aprender a fazer a famosa pipa do Professor Gil – logo você, que nem terminou o 5° ano chamado de professor –.


Me lembro bem do jeito que me beijava sempre que me encontrava, e do seu cheiro de perfume que eu tanto gostava, ainda que um leve resquício de cigarro se mantivesse penetrado em suas roupas, mesmo depois de banho tomado.

Me lembro de suas unhas sempre feitas...tão bem cuidado você era!


Me lembro do seu "R" puxado e do "S" arrastado...tão sonoros e hoje tão familiares que sempre que escuto alguém falando assim sinto você.


Não consigo aceitar, não consigo pensar sem dor. Eu apenas me convenci. Mas não posso negar, de maneira nenhuma – Sinto tanta saudade – , uma saudade imensa, uma vontade de te abraçar de novo e de poder dizer que te amo, e que sinto muito por tantas coisas.


Me lembro de você sentado na calçada, era sua marca registrada, com uma das pernas dobradas e o braço apoiado sobre ela, sempre me dizendo, " Sai do sereno menina! " – já que eu queria sempre estar ao seu lado – .


Me lembro de você dirigindo, eu te olhava pelo retrovisor. Eu era tão quieta que você até esquecia que eu estava no carro. Cheguei atrasada na escola milhares de vezes por isso!


Lembro do seu assobio, ou melhor, uma tentativa de assobio, já que não fazia muito som. E o meu assobio é igual ao seu! Além disso ainda levo uma ruga na testa! Outra coisa que herdei de você.. e Poxa vida né Vô! Tanta coisa pra herdar, fui ficar bem com a ruga na testa e com um ensaio de assobio!

Posso ficar muito tempo falando de lembranças, tantas e tantas boas lembranças...


( Tento controlar, mas os olhos já estão cheios d'água!)


Me lembro de quando cheguei em casa e mamãe disse que você tinha passado mal.

" - Seu avô passou mal!"


" - Ah meu Deus, não acredito! Onde ele está? No hospital?"



Sei que estava me esperando voltar, mas não tivemos tempo né?

E um silêncio reinou, não tive nenhuma resposta sonora, apenas o balaçar de cabeça indicando que não. Não estava no hospital.

Pensei que fosse morrer. Que dor horrível..que vontade de não levantar! Um buraco se abriu, não conseguia, e não queria conseguir. Eu queria mesmo era me apagar naquele instante.

Fui uma das primeiras pessoas a chegar lá, e quando te vi, não acreditei. Tão inesperado! Te toquei e você ainda estava quente, parecia dormir, e dentro de mim, algo de confortante apareceu " Vovô está dormindo!" – chega a ser besta, dormindo dentro de um caixão – Quantas coisas usamos para anestesiar os sofrimentos que pode-se acreditar no impossível! Me sentei ao seu lado, e consigo me lembrar das mãos das pessoas me tocando pelas costas dizendo que sentiam muito, mas raras vezes eu olhei pra alguma dessas pessoas. Meus olhos eram seus. Nem me movia, não queria me mover. Só queria te olhar, só queria estar alí!



Não me lembro do momento em que notei que sua pele começava a endurecer e esfriar. Quando percebi, já estava desesperada, o sono era eterno, você não levantaria mais e eu também nunca mais escutaria você me chamar de " Princesinha do agreste ".


A ausência da sua voz me machuca tanto, e sabe o que mais me faz sofrer, eu não me lembro mais de como ela era. Não me lembro mais de sua voz! Me esforço pra lembrar, mas não consigo...Só guardo imagens, os assobios cantarolantes, o sorriso, o cheiro, o aconchego, mas não a voz. Lamento tanto por não lembrar!


Como sofro por não estar aqui! ....Foi a despedida.Tão dolorosa!


Te beijei ma testa, tão fria...peguei em sua mão...me debrucei em você quase deitando junto, não queria que te levassem, depois de fechado eu jamais veria você de novo. Resisti, pedi pra não fechar e fechei os olhos, não queria vê-lo desaperecer na minha frente.


E foi assim, de olhos fechados, olhos que nunca mais se abriram diante de você.


Te sinto aqui, sempre comigo!


Quando olhaste bem nos olhos meus, e o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei, eu te estranhei. Me debrucei sobre o teu corpo e duvidei...


Me lembrei de um poema, que sempre me faz pensar em você, mas não lembro de quem é, se é da Adélia Prado, ou do Drummond..


A um ausente


Tenho razão de sentir saudade

Tenho razão de te acusar.

Houve um pacto implícito que rompeste

e sem te despedires foste embora.

Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral...


Antecipaste a hora.

teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.

Que poderias ter feito de mais grave

do que o ato sem continuação, o ato em si,

o ato que não ousamos nem sabemos ousar

porque depois dele não há nada?


...


Sim, tenho saudade!

Sim, acuso-te porque fizeste

o não previsto na natureza

nem nos deixaste sequer o direito de indagar

porque o fizeste, porque te foste.


quarta-feira, 29 de junho de 2011

MEU TURBILHÃO




Não quero algemas, nem correntes...Detesto me sentir aprisionada!




Me esforço pra não esquecer o quão presa já fui, e o quanto a liberdade custa para um pássaro que já esteve engaiolado. É como ter as asas amarradas e um mínimo esforço tentando fazer um movimento, machuca e dói. Não quero mais coleiras, cadeados, vigias...




Qualquer tipo de controle me causa um medo danado. Sou livre...e assim quero ser. Livre para amar! Para querer e para sentir! Há tanta coisa só esperando para ser experimentada. Deixe-me provar a água doce...a água salgada...Deixe-me ir do inferno ao céu....Deixe-me meter os pés pelas mãos.




Não permito que ninguém tente me dizer o que fazer! Não tentem me convencer, hoje, não aceito qualquer tentativa que possa me fazer acreditar em algo que ainda não acredito. Mas prometo, é só por hoje! Pois ainda quero ter a sensação de guardar minhas próprias ideias e pensamentos, como se fossem só meus, depois, futuramente, estarei aberta para as tentativas de convencimento.




Não venha me dizer que estou errada! Não ouse em me mostrar o certo! Quero mesmo é carregar o certo e errado dentro de mim, de forma bem pessoal, e tudo o que me disser não vai servir para nada.




Ando querendo me reformular, e pra isso preciso estar comigo, com meus ideias, com meus pensamentos absurdos, mesmo que lá no fundo eu saiba que a maioria deles nunca darão certo!




Quem sou? Do que gosto? Pra onde vou? O que quero?




São tantas perguntas..nem sei por onde começar a procurar respostas concretas e definitivas.




Sei que hoje, quero tudo, quero todo mundo, não quero estar exclusiva. Gosto do infinito, de todas as cores, de todos os amores. E vou por aí, andando e me apegando em pequenas pistas quem podem me levar a encontrar o que perdi lá atrás.




Usando Florbela Espanca - Eu quero amar, amar perdidamente. Amar só por amar! Aqui...além... Mais Este e Aquele, o Outro e Toda a gente ! Amar! Amar! E não amar ninguém!




Sei que ando perdida em tanto querer. Mas esse é o processo. Preciso me perder agora, pra poder logo me encontrar! Aos que me rodeiam, só o que peço é compreensão. Não esperem nada de mim agora, não esperem nada em troca, pois talvez não serei capaz de dar. Digo talvez, pois há certos momentos em que me entrego, em que posso ser inteira, e aí, sei bem oferecer...mas quando estou pela metada, quando me sinto perdida, como hoje, não posso oferecer nada além de uma série de interrogações.




Estou boiando..mas querendo flutuar!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Você é um mistério pra mim! Não consigo entender... Não entendo nenhuma das sensações que você me causa– elas podem ser magníficas ou muito ruins –.

Tenho me sentindo um tanto quanto esgotada de tudo! Sei que não estou inteira. Agora não estou nem na metade do que posso ser! Estou por um fio...

Ainda não consigo entender nada! São tantos os sentimentos...por todos os lados..eles estão voando pra lá e pra cá...não podem parar!

terça-feira, 14 de junho de 2011

RELATOS frios DA SOLIDÃO



Senti uma tristeza, uma vontade que vinha lá do fundinho de chorar...Me controlei, respirei e pensei : " Calma, isso vai passar!"



Surpreendente o que as mudanças são capazes de fazer com o interior das pessoas. Elas mastigam tudo o que há lá dentro,e essa mastigação é lenta e dolorosa, vou sentindo os pedaços sendo triturados, e uma angústia toma conta. Depois vão entrar coisas novas, – eu sei – , mas enquanto isso, é talvez um dos processos mais doloridos que existem. Aceitar o novo é uma barreira tão gigantesca, que não consigo, por vezes, enxergar se realmente há alguma luz depois dessa montanha negra horrível e assustadora. Pareço louca né? – Sei disso também – mas não é loucura não, é só um medo de mexer no "sólido" e passar para outro estado.



Me senti tão sozinha ontem. E hoje também. Olhei para os lados e o apartamento vazio me causava calafrios. Era um silêncio, uma escuridão...Acendi todas as luzes, e mesmo o clarão que se fez e as mil tarefas que ainda tinha pela frente com aquele monte de caixas empilhadas para a mudança me fizeram sentir um conforto.



Me senti sozinha. Me sinto sozinha hoje! Respiro, seguro o nó que está preso em minha garganta e tenho a impressão que terei que passar o dia assim. Não tem problema, ninguém vai perceber! Sei bem usar das minhas mil faces para disfarçar o que não quero que percebam. Não quero mostrar as minhas fraquezas gratuitamente. Mas sei, que quando chegar em casa, terei que enfrentar o mesmo problema, porém não vou chorar. Que coisa mais boba! Mais fraca!...



É uma solidão que não cabe em mim! Não cabe nem mesmo onde estou...é tão grande! Meses revolucionários esses pelos quais estou passando. O fim e o recomeço estão quase de mãos dadas. Já enfrentei alguns finais...e o recomeço esta vindo sobre uma tartaruga, de tão lento.



Enfrentar tudo!? SIM! Sempre enfrento!...Mas me sinto tão sozinha!



quinta-feira, 9 de junho de 2011



O tempo! A noção de tempo é coisa complicada! Pra quem espera..é uma eternidade. Já pra quem precisa dele, é o momento de reconstruções, e não deve ser tão agustiante quanto pra quem espera.



O tempo muda tanta coisa. Pode ser a Salvação, mas também a Perdição. Casais se separam. A morte bate à porta. Ganha-se na loteria. Um bebê é feito.Percebe-se o quanto se gosta de alguém. Perde-se um futuro amor. Um minuto, apenas um minuto já é tempo suficiente para mudanças bem significativas.



Difícil lidar com o tempo..O tempo perdido...O tempo ganho. Seja lá de forma o encaro.



Hoje o tempo é a chuva caindo, ouço as gotas e o barulho das carros, desesperados querendo passar. O meu tempo hoje vai demorar 50 anos. O meu tempo é solitário e perdido. Meu tempo sofrido que tenta correr, mas não sai do lugar.



Difícil demais lidar com o tempo. Um segundo a mais muda tudo. Um segundo com que está quase partindo para o infinito é uma alegria sem explicações. Um segundo para um abraço. Para um pedido de desculpas.



Mais difícil ainda é pensar que cada um tem seu tempo. E que realmente, não se pode querer tudo no próprio tempo. O mundo não acompanha nosso relógio interno.



Passa tempo...passa logo, ande depressa...quero poder sair dessa solidão sem fim! Quero ouvir o despertador tocando avisando Fim do jogo, o tempo acabou. E aí, sai o resultado.



Estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi...mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.
(Clarice Lispector)



Acho que deve ser comum às mulheres a desorganização, mas acontece que a minha é realmente muito desorganizada. É fato, agimos no presente a partir das experiências que tivemos no passado, mas as minhas vivências foram um tanto quanto desorientadas e sacrificantes, portanto hoje, a única coisa que sei é que não quero viver na desorientação, nem por mais um minuto. Quero sim as turbulências saudáveis, as aventuras de fermento e um toque de pimenta na vida pra dar um ar mais interessante, mas não mais sacrificar a felicidade, nem qualquer coisa que me faça ser sombra, que me faça vegetar, que me sacuda e em seguida me jogue no chão.


Acredito que nós, mulheres, temos a necessidade de oferecer...oferecer o tempo todo, na verdade nós nos oferecemos aos outros da forma mais sincera possível, o que é relativamente bom, mas de repente em algum momento perde-se o chão, pois penso que eu algum momento dessas nossas entregas, as entregas passadas tentam ultrapassar as barreiras do esquecimento e voltam todas, nos mostrando como foi da última vez. E o que fazemos? NADA – Nós sabemos que não queremos lembranças e muito menos repetir a dose desse coquetel destruidor. – Mas o fato de não fazer nada é quase enlouquecedor. Ao menos pra mim é terrível. Me bate um desespero, uma vontade de passar o resto dos dias embaixo de um cobertor esperando o monstrinho ir embora!


Queria ter um botãozinho DELETE, e num toque apagar tudo o que temo, (pra não lembrar que temo) e aí, poder me entregar ao "desconhecido" sem restrições, e sem bases, sem nenhum critério, sem medo dos sacrifícios, pois não os conheceria.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

DIVERSIDADE



Diversidade é tema de muita discussão. Ela está por todas as partes – diversidade sexual, cultural, racial, etc. – Hoje, em especial, resolvi escrever sobre ela por conta de uma frase que li no texto "A diversidade é a regra" que diz assim, Não se trata de preparar para integrar, mas de incluir e transformar." Pois é, é fácil pensar em integração, joga o Seu Zé na roda, obriga todos os que estão no meio a interagirem com ele e pronto, acabou. Depois coloca a Dona Maria em um meio onde ninguém entende nada de coisa nenhuma sobre ela e quer fazer dar certo. Está claro, estampado, que isso não dá certo né? Sou eu quem digo agora, não se trata de simplismente colocar alguém em um meio totalmente estranho e fazer com que todos os frequentadores ou presentes encarem a diferença ( social, cultural, racial ou sexual) com os olhos mais doces do mundo! Infelizmente não é assim! Brasileiro não está preparado para enfrentar nada que foge do padrão imposto pela sociedade, acredito até que usa-se uma casca para esconder as verdadeiras impressões sobre as diferenças.



É triste, sei que é! Me sinto terrivelmente tocada com tamanha crueldade com que pessoas consideradas diferentes são obrigadas a engolir. Orientação sexual principalmente! Isso sim é tema de muito chororô. As pessoas são apontadas e rotuladas, e isso é considerado aceitável! O que é inaceitável então? O amor? A pele negra? A religião?



Estou, abalada em pensar em tantas pessoas que já sofreram por conta de suas " diferenças". Até eu, que aparentemente fugo dos padrões referentes à minha profissão já sofri um bocado de julgamentos. – " Imagine que meu filho vai ter aula com essa mulher toda tatuada!" – Já perdi as contas de quantos alunos perdi por causa da aparência, até o momento em que começei a escondê-las, e olha que não foi nada fácil ter que fingir não tê-las para poder comer.



Pensem no movimento LGBT e tentem imaginar como deve ser difícil gostar de alguém do mesmo sexo e ainda precisar ter coragem de erguer a cabeça para assumir essa orientação a si mesmo, afinal, é preciso ter coragem, pis sabe-se bem o furacão que essa descoberta carrega. Há pessoas que passam a vida infelizes por não poderem viver a própria verdade, o amor...Há pessoas que se suicidam... Isso é de envergonhar todos os que não aceitam a diversidade, seja ela qual for!



Imaginem a dor, e o sofrimento de alguém que decide não mais viver! Esse sofrimento é causado pelo que a sociedade poderia fazer e não faz! Essas questões devem ser tratadas desde cedo, quando crianças, já na escola, em casa. Por que é que devo esconder dos meus filhos que a cor negra é linda, mesmo sendo diferente da branca? E que a religião não importa, desde que se crê em algo que faça bem? E que a sexualidade não é uma escolha, nem uma opção? Já passou dos limites, já passou da hora de tratarmos com normalidade todas essas questões. As mentes devem ser transformadas, as novas gerações cientes e adaptadas com tamanha diversidade não só brasileira, mas mundial.



Por favor, façam algo pelo Ser- humano! Não lhes tirem a capacidade de amar, de ser feliz, de crer e de viver.



Peço, incansávelmente! Respeitem, transformem-se e sejam todos felizes assim!

terça-feira, 7 de junho de 2011

A TAL GROSSERIA GRATUITA



Esses dias estava dando aula e uma nova aluna entrou na sala. Antes mesmo de começar a aula ela – toda armada – passou uma lista verbal de coisas que ela tinha detestado em uma outra aula, que por sinal, nem minha era. Depois de tudo " exclarecido" era então a minha vez de falar, desta vez sim, sobre a MINHA aula, que ela ainda nem tinha assistido. Por fim, a aula foi ótima, sai com a sensação de ter dado uma aula muito boa e a garota estava sorrindo. Antes de deixar a sala ela ainda fala sua última frase, que foi uma pergunta " - Fui grossa com você não fui?". A vontade era de responder a verdade, que sim ela tinha sido grossa, mas o que eu podia fazer, e apenas soltei um " - Não se preocupe querida, estou acostumada! Nos vemos na semana que vem!" , depois sorri e ela me retribuiu o sorriso.



O que me leva a escrever sobre isso? Notei que as vezes somos grosseiros sem nem notar. E é desagradável pra quem recebe a patada. Poxa, você está ali, toda open pra receber as pessoas, sorrir, e ser atenciosa e de repente alguém solta uma grosseria... Isso pdoe levar qualquer um de nós direto pra chão, sem nada para amortecer a queda. Além disso, há dias em que não se levanta muito bem, começa-se o dia com o pé esquerdo...É necessária uma força do além para sair de casa, e inesperadamente um ser aparece e joga pedrinhas!!! Vontade se sentar e chorar na certa!



A intenção pode não ser de magoar, há os que nem percebem a grosseria ( isso é uma auto-crítica ok?), mas há de se pensar, pois uma palavrinha torta à quem já não está bem pode ser motivo de desmoronamento.



É como uma gotinha d'água em um copo já cheio até o topo.



segunda-feira, 6 de junho de 2011

Poemas de Deus e do Diabo



" E tenho a minha loucura!



Levanto-a, como um facho, a aderno noite escura,



e sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...



... Mas eu, que nunca princípio nem acabo,



nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.



Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!



Ninguém me peça definições!



Ninguém me diga " vem por aqui!"



A minha vida é um vendaval que se soltou.



É uma onda que se alevantou.



É um átomo a mais que se animou...



Não sei por onde vou.



Não sei para onde vou.



- Sei que vou por aí!"



RÉGIO, José. Poemas de Deus e do Diabo.